A seleção do programa “The Films After Tomorrow” é composta por 20 projetos, divididos, em igual número, entre duas categorias: projetos internacionais e projetos suíços.
A seleção de projetos internacionais inclui SELVAJARIA, o mais recente projeto de Miguel Gomes, uma coprodução Portugal/França/Brasil/China/Grécia, KAPAG WALA NANG MGA ALON (WHEN THE WAVES ARE GONE), de Lav Diaz (Filipinas/França/Portugal/Dinamarca), e EUREKA, de Lisandro Alonso (França/Alemanha/Portugal/México/Argentina). FAR WEST, de Pierre-François Sauter (Suíça/Portugal/Itália) integra a seleção de projetos suíços.
Segundo a organização do Festival, esta seleção “representa o espírito e a tradição de Locarno, com cineastas que visitaram o Festival no passado, talentos emergentes e renomadas figuras nacionais e internacionais.”
O programa criado para esta edição do Festival suíço recebeu 545 candidaturas, de 101 países, e tem como propósito apoiar projetos em fase de produção que tiveram de ser suspensos devido às restrições resultantes da declarada situação de pandemia. Os projetos competem por um prémio, em cada uma das categorias, de 70 mil francos suíços (cerca de 65 mil euros) bem como por outros prémios atribuídos por parceiros do Festival.
Entre 05 e 15 de agosto, o público do festival poderá aceder online à apresentação dos projetos selecionados, com sinopses, imagens e vídeos, sendo que alguns dos realizados dos projetos irão dar masterclasses abertas ao público.
A 73.ª edição do Festival de Cinema de Locarno não irá decorrer no seu formato habitual, mas será substituída pela “Locarno 2020 – For the Future of Films”, uma iniciativa para promover o cinema de autor e apoiar os cinemas. O Locarno 2020 consiste numa série de iniciativas que oferecem conteúdo especial ao público e aos profissionais do setor numa variedade de plataformas, que incluem — conforme permitido pela situação em constante evolução — exibições em locais físicos com total segurança.
Quanto à possibilidade de realizar o festival em formato digital, a organização considera que “montar uma versão digital on-line do tradicional Festival, em agosto, não seria consistente com o espírito do Festival de Locarno e a sua missão de promover e lançar filmes.”