O quinto dia da XXIII edição do festival “Caminhos do Cinema Português” começou com Viagens Filosóficas, um filme de Susana Nobre, que constitui a terceira parte (de um total de quatro) do ciclo “No Trilho dos Naturalistas”, tendo vindo a ser exibido no Mini-Auditório Salgado Zenha às 14.30h, desde quarta feira. Este convite à reflexão comprovou-se como mote adequado para a conversa que decorreu no final da sessão da Seleção Caminhos das 15.00h, no TAGV, durante a qual Rosa Coutinho Cabral, realizadora de Coração Negro (filme exibido na referida sessão), falou sobre os novos caminhos que os seus filmes pretendem trilhar no contexto do cinema português. Coração Negro apresenta um casal cuja relação se decompõe ao mesmo tempo que a sua nova casa na ilha do Pico está a ser construída, refletindo de forma poética sobre a forma como até as estruturas mais robustas podem ser, afinal, bastante frágeis. Antes houve lugar para a curta-metragem O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, de João Cristóvão Leitão, que pega no título do conto de Jorge Luís Borges para expor uma fábula sobre personagens mitológicas associadas a labirintos, neste caso Ícaro e o Minotauro.
Saiba mais na seguinte ligação: Crónica do Festival – V.