Do filme à Série”

O sécu­lo XX pro­du­ziu mui­tas séri­es, mes­mo na épo­ca do cine­ma mudo, como tes­te­mu­nham os fil­mes do rea­li­za­dor Louis Feuil­la­de. É inte­res­san­te seguir a evo­lu­ção da sua “série” Les Vam­pi­res, estre­a­da nos cine­mas em 1915: esta obra de sete horas e vin­te minu­tos, repar­ti­da em vári­os epi­só­di­os, ins­pi­rou Oli­vi­er Assayas para fazer um fil­me sobre a mes­ma em 1996, Irma Vep, e depois uma minis­sé­rie de oito epi­só­di­os de 56 minu­tos, que estre­ou com o mes­mo títu­lo em 2022. O exem­plo é emble­má­ti­co. Há mui­tas liga­ções entre o cine­ma e as séri­es, sobre­tu­do hoje em dia, quan­do vimos que cada vez mais cine­as­tas se vol­tam para as séries.

A dis­tri­bui­ção dos papéis, das fun­ções e até do poder mudou: o argu­men­tis­ta de séri­es já não é soli­tá­rio ou rele­ga­do para segun­do pla­no, o pro­du­tor tor­na-se por vezes um sho­wrun­ner e, nes­ta nova con­fi­gu­ra­ção, o rea­li­za­dor pode ter difi­cul­da­de em acei­tar uma posi­ção diferente. […] 

fon­te: “Do fil­me à Série”