A Mostra de Cinema Inquieto surge da necessidade de celebrar os 50 anos do 25 de Abril e de evocar o (tão esquecido) direito à cultura, apresentando um programa descentralizado que pretende levar cinema a lugares que este não habita. A proposta é inquietar o espectador, com histórias, personagens e linguagens que colocam em questão o mundo tal como o conhecemos.
2020 — Brasil, Portugal — 123′ — M/12
Uma casa está em chamas. Todas as casas.
Uma viagem resulta em várias viagens e essa é sem regresso. Muitas mulheres falam. Contam suas histórias. A perda, a morte e a luta por ser, ao lado dos outros.
2018 — Alemanha, Itália, Suíça — 128′ — M/12
Esta é a história do encontro improvável entre Lázaro, um jovem camponês cuja gentileza é frequentemente aproveitada maliciosamente, e Tancredi, filho da terrível proprietária das terras em que Lázaro e a sua família trabalham. A vida na isolada aldeia de Inviolata é dominada pela Marchesa Alfonsina de Luna, a rainha dos cigarros. Revoltado contra a sua mãe, Tancredi pede a Lázaro que o ajude a fingir o seu próprio rapto, selando-se assim um vínculo entre os dois. Esta estranha aliança é percebida por Lázaro como uma verdadeira amizade, tão poderosa que eventualmente lhe permitirá viajar no tempo em busca de Tancredi. Deambulando pela primeira vez as ruas citadinas, Lázaro afigura-se um fragmento do passado perdido no mundo moderno.
2020 — Reino Unido — 75′ — M/12
Em resposta à pressão da indústria cinematográfica, Marc abre as portas da sua própria casa a diferentes pessoas, aos seus costumes e suas singularidades, refletindo sobre a noção de fronteira e hospitalidade.
2019 — França, Palestina, Turquia, Alemanha — 102′ — M/12
Elia Suleiman, realizador e protagonista desta história, deixa a Palestina e aventura-se pelo mundo, certo da necessidade de uma mudança na sua vida. Contudo, por mais distante que esteja da sua terra natal, a verdade é que parece que tudo faz questão de lhe lembrar de onde vem: a polícia, os agentes de controlo de fronteiras, as várias manifestações de racismo ou os olhares de estranheza que desperta nos outros. Apesar dos constantes esforços em deixar para trás o passado e iniciar uma nova vida, nada parece resultar, uma vez que tudo o remete para as suas origens.
É uma iniciativa do Centro de Estudos Cinematográficos, com o apoio da Associação Académica de Coimbra, e em colaboração com a Lúcia-Lima Associação Cultural, CITEC — Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho e os Caminhos do Cinema Português.
Bilhetes disponíveis na bilheteiras locais.