Retrospectiva Agnès Varda

Retrospectiva Agnès Varda

Agnès Var­da (1928–2019) foi uma das mais impor­tan­tes cine­as­tas da sua gera­ção. Inse­ri­da no inti­tu­la­do Left Bank da Nou­vel­le Vague, a sua car­rei­ra esten­deu-se por mais de 5 déca­das, assi­nan­do mais de 20 lon­gas-metra­gens e 20 cur­tas-metra­gens. Artis­ta cola­bo­ra­ti­va e mul­ti­dis­ci­pli­nar por exce­lên­cia, Agnès Var­da tra­ba­lhou fil­me e foto­gra­fia, mas tam­bém a ins­ta­la­ção e a arte digi­tal. Rea­li­zou fic­ções e docu­men­tá­ri­os, explo­ran­do as suas mutu­as rela­ções. O Cen­tro de Estu­dos Cine­ma­to­grá­fi­cos con­vi­da-vos para esta sin­ge­la retros­pec­ti­va — com qua­tro lon­gas-metra­gens e uma cur­ta-metra­gem — para que jun­tos pos­sa­mos com­pre­en­der melhor as três pala­vras que a pró­pria diz terem gui­a­do o seu tra­ba­lho: Ins­pi­ra­ção, Cri­a­ção, Partilha.

Insta Ciclo MUPI 1

A ÓPERA-MOUFFE — 09/09
Agnès Var­da, 1958, 16′ 

https://youtube.com/watch?v=nnGNQZAchPo

A Ópe­ra Mouf­fe (1958), fil­me inau­gu­ral na obra da cine­as­ta Agnès Var­da, é um “docu­men­tá­rio-fic­ci­o­nal” que uti­li­za dife­ren­tes modos expres­si­vos, cons­truí­do a par­tir de ima­gens em flu­xo cons­ti­tuí­das de for­ma fici­o­nal, a par­tir de ele­men­tos sim­bó­li­cos, ou regis­tra­das em situ­a­ções obser­va­ci­o­nais na rua Mouf­fe­tard, em Paris. De natu­re­za sub­jec­ti­va, o fil­me exi­be, ain­da, o pri­mei­ro regis­tro do cor­po de Var­da, na altu­ra em que esta­va grá­vi­da de sua pri­mei­ra filha, Rosa­lie. Foi a ges­ta­ção que a mobi­li­zou para a rea­li­za­ção des­te fil­me e a mater­ni­da­de é o foco da narrativa. 

OS RESPIGADORES E A RESPIGADORA — 09/09 
Agnès Var­da, 1999, 82′ 

Numa suces­são de qua­dros de Mil­let, Bre­ton, Hédouin, mas tam­bém numa suces­são de pla­nos cine­ma­to­grá­fi­cos, Agnès Var­da, uma das caras da “Nou­vel­le Vague” fran­ce­sa, lan­ça um olhar sobre os res­pi­ga­do­res actu­ais, aque­les que apa­nham para não des­per­di­çar, os que rebus­cam nas sobras dos mer­ca­dos, os que pro­cu­ram res­tos nos cai­xo­tes do lixo para comer. Esses são os res­pi­ga­do­res da soci­e­da­de con­tem­po­râ­nea, tão dis­tin­tos e tão seme­lhan­tes daque­les que apa­re­cem nas pin­tu­ras da res­pi­ga que se vêem nos museus. 

 DUAS HORAS NA VIDA DE UMA MULHER — 16/09
Agnès Var­da, 1962, 90′ 

Em Paris a can­to­ra Cléo faz um exa­me onco­ló­gi­co. O resul­ta­do sai em duas horas, deci­din­do andar pelas ruas da cida­de enquan­to espe­ra. Cheia de dúvi­das sobre como deve agir e lidar com esta doen­ça, aca­ba por ser cru­zar com Antoi­ne, um jovem mili­tar que está pres­tes a partir.

AS PRAIAS DE AGNÈS — 23/09
Agnès Var­da, 2008, 110′ 

Com humor e mui­ta emo­ção, Agnès Var­da com­par­ti­lha o seu iní­cio de car­rei­ra como fotó­gra­fa de tea­tro e depois como dire­to­ra de cine­ma de van­guar­da nos anos 1950. A artis­ta mos­tra tam­bém o per­cur­so como pro­du­to­ra inde­pen­den­te, além da vida em comum com Jac­ques Demy, as suas via­gens, a vida em famí­lia e a sua pai­xão por praias.


VARDA POR AGNÈS — 30/09
Agnès Var­da, 2019, 120 

Um docu­men­tá­rio de e sobre Agnès Var­da, a cele­bra­da rea­li­za­do­ra que gos­ta­va das ima­gens, pala­vras e pes­so­as. “Ins­pi­ra­ção, cri­a­ção, par­ti­lha” são os motes com que se diri­ge ao espec­ta­dor nos pri­mei­ros momen­tos des­te fil­me. Apre­sen­tan­do tre­chos das suas obras, que com­ple­men­ta com mui­tas ima­gens de bas­ti­do­res, Var­da fala do seu méto­do de tra­ba­lho, das suas ins­pi­ra­ções e do com­pro­mis­so para com o públi­co que sem­pre a acompanhou.

CONDIÇÕES DE ACESSO

  • Pré-Reser­va de Lugar (atra­vés do email [email protected])
  • Lota­ção limi­ta­da a 15 espectadores
  • Uso obri­ga­tó­rio de máscara
  • Cum­pri­men­to das nor­mas gerais de higi­e­ne da DGS

A Entra­da é livre a todos os asso­ci­a­dos. Ao se asso­ci­ar ao Cen­tro de Estu­dos Cine­ma­to­grá­fi­cos está a con­tri­buir para que pos­sa­mos con­ti­nu­ar a rea­li­zar a exi­bi­ção de cine­ma alter­na­ti­vo, for­ma­ções, o fes­ti­val Cami­nhos e outras acções de for­ma­ção na área da ima­gem em movi­men­to.
A admis­são de estu­dan­tes tem o cus­to de 2€ e o res­tan­te públi­co de 3€.