A arte sempre foi uma arma política de reivindicação, resistência e progresso. Não é ao acaso que as vanguardas ideológicas da contemporaneidade foram sempre acompanhadas de vanguardas artísticas — e o cinema, desde a sua insurgência, sempre fez parte das mesmas. Neste ciclo celebra-se não só o cinema, mas também os actos de resistência e activismo que tanto precisamos e merecemos nos dias de hoje.
Reconhecido como um dos mais importantes realizadores da actualidade, Jafar Panahi – cujos filmes examinam de forma crítica a realidade social do Irão — foi preso em sua casa em Março de 2010 e condenado a 6 anos de prisão em Dezembro do mesmo ano. Foi ainda proibido de fazer filmes durante os próximos 20 anos.
uses Brechtian staging, blurred lines between documentary and drama, and an iPhone to explore the notion of physical and political boundaries, the aesthetic and technological contours of cinema, and the enduring power of self-expression.
Ann Hornaday, Washington Post
Em prisão domiciliária e impossibilitado de filmar, Panahi decide “contar” um filme em vez de o “fazer”. O resultado é um filme espantoso e comovente sobre o poder do cinema, sobre a censura, e sobre a liberdade de expressão.
a brave and witty video diary, an essay on the struggle between political tyranny and the creative imagination
A. O. Scott, New York Times
Realizado por Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb
Produzido por Jafar Panahi
Direção de Fotografia Jafar Panahi, Mojtaba Mirtahmasb
Editado por Jafar Panahi
Distribuído por Kanibal Films Distribution (França)
Data de lançamento: 20 de maio de 2011 (Cannes)
Duração: 76 minutos
País: Irão
Língua: persa
A abrir a sessão é projectada a curta-metragem Mute, de Job, Joris and Marieke (4′). MUTE é uma curta de animação sobre um mundo populado por pessoas sem boca. Depois um incidente sangrento, descobrem que conseguem criar a sua própria boca ao cortarem-se a eles próprios. Isto cria uma animada reacção em cadeia na população…
Escrito, dirigido, projetado e animado por Job, Joris & Marieke
Produção: Job, Joris & Marieke
Vozes: Fresku
Música: Happy Camper
Músicos: Jeroen Kleijn, Ben Mathot, Laurence Bilger, Patrick Votrian
Cantores: Fresku, Lisa Meijntjes, Trabalho, Joris e Marieke
Mix e masterização: Martijn Groeneveld - Mailmen
Dolby 5.1 mix: Bob Kommer Studios
Financiamento: Cidade de Utrecht
Vendas: SND Films
Distribuição: Klik! Distribution Service
A Entrada é livre a todos os associados e estudantes. Ao se associar ao Centro de Estudos Cinematográficos está a contribuir para que possamos continuar a realizar a exibição de cinema alternativo, formações, o festival Caminhos e outras acções de formação na área da imagem em movimento.
A admissão do restante público tem um custo de 3€.