Após 177 filmes e mais de uma semana de festa, nada melhor do que fechar com chave d’ouro a XXV edição do Festival Caminhos do Cinema Português, contando assim com uma grandiosa e entusiasmante cerimónia de entrega de prémios que teve início pelas 21:45 na já conhecida casa do Teatro Académico Gil Vicente.
Com o acompanhamento musical da Big Band Rags, da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, e a presença de diversas figuras que contribuíram, contribuem e continuarão a contribuir para o panorama cinematográfico nacional.
A noite iniciou-se com uma breve introdução sobre o decurso da cerimónia e logo discursaram figuras da direção e organização do festival como Tiago Santos e António Pita.
Prosseguiu-se à apresentação dos variados prémios, começando com o júri da seleção “Outros Olhares” sendo o vencedor o filme Actos de Cinema de Jorge Cramez.
Day Release de Martim Winter e Quem me dera em vez de uma câmera ter uma mosca de Cláudia Craveiro Santos, ganharam de seguida os prémios da Seleção Ensaios para ensaio internacional e nacional, respectivamente, com Menções Honrosas para La Llorona de Rosanna Cuellar e Ode à Infância de Luís VItal e João Monteiro.
O público foi em conseguinte agraciado pela atuação de Big Band Rads, num momento musical que alegremente deliciou o público durante as diversas “pausas musicais”. Banda que acompanhou a subida a palco dos nomeados e júris durante o prolongamento da noite.
Sucedeu-se a entrega dos prémios por parte do júri Imprensa Cision e do júri de Imprensa CISION. O primeiro painel de júris, atribuiu o seu prémio de melhor filme a Fordlandia Malaise de Susana de Sousa Dias, com uma menção honrosa ao filme Past Perfect de Jorge Jácome. O júri FICC, seguiu-se considerando o filme Cerro dos Pios de Miguel de Jesus como merecedor do seu prémio D. Quijote, atribuindo ainda uma menção honrosa para A Raposa de Leonor Noivo.
O júri da Seleção Caminhos, Hugo Van Der Ving, Carla Vasconcelos, Lucinda Loureiro e João Telmo, apresentaram os vencedores dos 21 prémios, que, contaram de forma com uma menção especialíssima para Efeitos Especiais, consagrada a Fernando Alle pelo filme Mutant Blast.
Dentro dos prémios técnico-artísticos, destaque para Pedro Filipe Marques, vencedor do prémio de melhor realizador com o filme Viveiro, Vitalina Varela, galardoada com o prémio de melhor atriz no filme homónimo, e Sérgio Praia, melhor ator, pela sua prestação em Variações.
Nos prémios oficiais da Seleção Caminhos, o primeiro grande vencedor da noite foi Maria Abreu a contar para o Prémio Revelação, no filme Tristeza e Alegria na Vida das Girafas. Na categoria de melhor filme de animação, os jurados decidiram que o Peculiar Crime do Estranho Sr Jacinto, de Bruno Carvalho, merecia a sua glória. O já premiado Fordlandia Malaise, de Susana de Sousa Dias, venceu mais uma vez, agora com o galardão de melhor documentário da Seleção Caminhos. A medalha de melhor curta metragem foi entregue a RUBY, de Mariana Gaivão, película que também já tinha ganho na categoria de melhor cartaz, recebendo largos elogios do júri. O prémio de Melhor Ficção GesMo acabou entregue a Alva, de Ico Costa.
No que foi o clímax desta noite a relembrar, o Grande Prémio do Festival Caminhos do Cinema Português, foi merecido a Vitalina Varela, de Pedro Costa, recebendo largos e duradouros aplausos do público presente.
Público esse, que durante 9 dias foi também júri, votando após cada sessão de modo a atribuir o Prémio do Público Chama Amarela. No final o vencedor recaiu sob Quero-te Tanto, a comédia romântica realizada por Vicente Alves do Ó.
Contas feitas, Variações, de João Maia, foi a obra mais galardoada da noite, podendo agora reclamar 5 prémios na XXV Edição do Festival Caminhos do Cinema Português. A obra biográfica levou para casa as já mencionadas honras e ainda o prémio de melhor ator secundário, atribuído a Filipe Duarte, melhor caracterização, Magalí Santana e melhor guarda roupa para Patrícia Dora.
Saiba mais na seguinte ligação: Crónica de Encerramento.