A última obra de Pedro Costa tem o nome da sua personagem principal, uma personagem de carne e osso. Através de um cinema cru, que mostra a realidade dos bairros sociais na capital, o realizador permite ao espetador observar o cruel quotidiano de quem vive naquelas “casas”. No dia 24, no TAGV, este ainda presente Leonardo Simões, diretor de fotografia, para abordar a temática da iluminação.
A nona longa metragem do realizador conta a história de Vitalina, uma cabo verdiana cujo marido partiu para Portugal. A mulher esteve mais de 25 anos à espera para conseguir visitar o marido. Quando o consegue, é já tarde demais, uma vez que o seu funeral fora há três dias. Através da luz natural e do barulho de fundo, Pedro Costa leva os espetadores a imergir na dor da perda de Vitalina.
O filme esteve presente no Festival de Cinema de Locarno, onde ganhou o prémio máximo do festival que é o “Leopardo de Ouro”. Também venceu os prémios Principado de Astúrias para Melhor Filme e Melhor Fotografia, no festival internacional de cinema de Gijón, em Espanha. Além destes, também venceu o Melhor Filme no Festival de La Roche-sur-Yon. Nos Caminhos do Cinema Português, está ainda a concurso para os galardões a serem atribuídos no dia 30 de novembro, na cerimónia de encerramento.
Saiba mais na seguinte ligação: Vitalina Varela – O silêncio cinematográfico que nos cativa.