Rentreé 2017: cinema em língua portuguesa

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Cinema Portugus

Quiseram os acasos da distribuio que nada menos do que sete filmes em lingua portuguesa chegassem aos ecrs entre setembro e novembro.

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Ren­tre 2017: os fil­mes a ver antes do natal Alm dos novos “Thor” e “Bla­de Run­ner” h mais cine­ma que mere­ce ate­no nas prxi­mas semanas. 

Continuamos a chamar-lhe rentreé, apesar do pouco impacto que atualmente tem este período do ano na audiência de cinema.

Suce­de a um verão que se pre­ten­dia quen­te em ter­mos de estrei­as e afluên­cia às salas, mas aca­bou mor­no e pon­tu­a­do por uns quan­tos falhanços. 

Ago­ra, o regres­so à roti­na após a ida em mas­sa para féri­as traz uma ina­bi­tu­al con­cen­tra­ção de estrei­as em lín­gua portuguesa.

Nos ecrãs está já o musi­cal “A Fábri­ca do Nada”, sobre um gru­po de fun­ci­o­ná­ri­os de uma empre­sa que ten­ta impe­dir o encer­ra­men­to da fábri­ca em ple­na crise.

De 28 de setem­bro a 1 de novem­bro serão mais seis os lan­ça­men­tos, com qua­tro lon­gas-metra­gens de pro­du­ção lusa, a bio­pic bra­si­lei­ra da can­to­ra Elis Regi­na e um raro fil­me saí­do de Moçambique.

Abai­xo, apre­sen­ta­mos em deta­lhe cada um des­tes títulos.



COMBOIO DE SAL E AÇÚCAR 

Rea­li­za­dor: Lici­nio de Azevedo

Ori­gem: Moçambique

Data de estreia: 28.set.2017

Dis­tri­bui­ção: Ukbar Filmes

Sinop­se

Moçam­bi­que está em ple­na guer­ra civil. O com­boio que liga Nam­pu­la ao Malawi é a úni­ca espe­ran­ça para cen­te­nas de pes­so­as dis­pos­tas a arris­car a pró­pria vida numa via­gem de com­boio para garan­tir a sub­sis­tên­cia das suas famí­li­as. Uma via­gem que decor­re a 5km/h por tre­chos de linha sabo­ta­dos, dei­xan­do com­ple­ta­men­te vul­ne­rá­veis todos os que nele via­jam e que pro­cu­ram espe­ran­ça em tem­po de guerra. 

ELIS

Rea­li­za­dor: Hugo Prata

Ori­gem: Brasil

Data de estreia: 28.set.2017

Dis­tri­bui­ção: Nitra­to Filmes

Sinop­se

Mui­tas atri­zes gos­ta­ri­am de dar cor­po a Elis Regi­na no cine­ma, mas é difícil ima­gi­nar uma esco­lha melhor depois se ver Andréia Hor­ta a encar­nar o papel. Mui­to elo­gi­a­da pela crítica pela sua prestação, a sua estreia no cine­ma como pro­ta­go­nis­ta já foi pre­mi­a­da com os prémios de melhor atriz nos Fes­ti­vais de Gra­ma­do e Luso-Bra­si­lei­ro de San­ta Maria da Fei­ra (em 2016), e dis­tin­gui­da pela Associação Pau­lis­ta de Críticos de Arte e pela Aca­de­mia Bra­si­lei­ra de Cine­ma com os res­pec­ti­vos tro­féus de Melhor Atriz (2017). Este reco­nhe­ci­men­to não é sur­pre­sa para quem já assis­tiu à série “Ali­ce” (2008) ou às nove­las “Cor­del Encan­ta­do” (2011) e “Liber­da­de, Liber­da­de” (2016). Para inter­pre­tar Elis, a atriz pre­pa­rou-se duran­te cin­co meses ao lon­go dos quais trei­nou o can­to, a voz e o cor­po, pro­cu­ran­do recri­ar os manei­ris­mos e o caris­ma da cantora.

AL BERTO

Rea­li­za­dor: Vicen­te Alves do Ó

Ori­gem: Portugal

Data de estreia 5.out.2017

Dis­tri­bui­ção: NOS Audiovisuais

Sinop­se

Lon­ga metra­gem sobre o regres­so do poe­ta Al Ber­to a Por­tu­gal após a sua lon­ga esta­dia em Bru­xe­las onde estu­dou Belas Artes. Ao lon­go do fil­me, Sines trans­pi­ra a vida excên­tri­ca e avant gar­de de Al Ber­to pou­co tem­po após a revo­lu­ção dos cravos 

A FLORESTA DAS ALMAS PERDIDAS

Rea­li­za­dor: José Pedro Lopes

Ori­gem: Portugal

Data de estreia: 12.out.2017

Dis­tri­bui­ção: Legendmain

Sinop­se

Numa flo­res­ta den­sa e remo­ta, o local mais popu­lar para a prá­ti­ca do sui­cí­dio em Por­tu­gal, dois estra­nhos conhe­cem-se. Ele é um pai de famí­lia à pro­cu­ra do local onde a sua filha mor­reu. Ela é uma jovem com uma pai­xão pela morte.

Mas um deles não é quem diz ser.



ALGUÉM COMO EU


Rea­li­za­dor: Leo­nel Vieira

Ori­gem: Portugal

Data de estreia: 12.out.2017

Dis­tri­bui­ção: NOS Audiovisuais



Sinopse


Hele­na, uma jovem mulher de 30 anos, toma uma deci­são que muda­rá o res­to da sua vida: viver em Lis­boa, ser sol­tei­ra, inde­pen­den­te e indis­po­ní­vel. Mas como todos nós, Hele­na não con­tro­la o des­ti­no e dá de caras com o homem da sua vida. Aqui­lo que pare­cia ser um ano lon­ge de aven­tu­ras amo­ro­sas e, ape­nas, de puro enri­que­ci­men­to pes­so­al, trans­for­ma-se num lou­co e impre­vi­sí­vel tes­te à inte­li­gên­cia emo­ci­o­nal. O mai­or pro­ble­ma é quan­do Hele­na pede a Deus uma pre­ci­o­sa aju­da: ela só que­ria um homem mais pare­ci­do com ela. Isso pas­sa a ser uma com­bi­na­ção de duas coi­sas: um homem e uma mulher. Será que Hele­na está pre­pa­ra­da para uma rela­ção a três?

PEREGRINAÇÃO

Rea­li­za­dor: João Botelho

Ori­gem: Portugal

Data de estreia: 1.nov.2017

Dis­tri­bui­ção: NOS Audiovisuais

Sinop­se

Em mar­ço de 1537, aos 26 ou 28 anos, Fer­não Men­des Pin­to, fugin­do à misé­ria e estrei­te­za da sua vida, par­tiu para a Índia em bus­ca de fama e for­tu­na. Assim come­ça este fil­me de aven­tu­ras que rela­ta as des­ven­tu­ras e os suces­sos des­te escri­tor aven­tu­rei­ro que, no decur­so de 21 anos em que este­ve no Ori­en­te, foi “13 vezes cati­vo e 16 ou 17 ven­di­do” e, em vez da for­tu­na que pre­ten­dia, lhe foram cres­cen­do os tra­ba­lhos e os peri­gos. Aven­tu­rei­ro sim, mas tam­bém pere­gri­no, peni­ten­te, embai­xa­dor, sol­da­do e escra­vo, Fer­não Men­des Pin­to foi tudo e em toda a par­te este­ve. “Por gra­ça de Deus” regres­sou sal­vo para nos dei­xar um extra­or­di­ná­rio livro de via­gens, numa escri­ta hábil e ful­gu­ran­te, car­nal e vio­len­ta, ter­ra — celes­te. Esse livro de via­gens edi­ta­do três deze­nas de anos após a sua mor­te trans­for­mou-se no pri­mei­ro best-sel­ler da lín­gua por­tu­gue­sa, sen­do tra­du­zi­do e publi­ca­do em todos os rei­nos da Europa. 

    por
    publi­ca­do 11:25 — 25 setem­bro ’17 

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