O júri da Selecção Caminhos, constituído por Rita Salema, Paulo Peralta, João Tordo, Luís Gaspar, Teresa Tavares e Margarida Leitão já decidiram por unanimidade os vencedores da principal secção do festival. O Grande Prémio do Festival, Portugal Sou Eu, foi atribuído a Filipe Abranches por Chatear-me-ia Morrer tão Joveeeeeeem…que o júri premiou pela actualidade e pertinência do tema e originalidade do traço do seu autor.
O filme Cartas de Guerra recebeu o galardão de Melhor Longa-Metragem pela recriação poética, literária e humana do avassalador passado colonial português, o Melhor Argumento Adaptado para Ivo Ferreira e Edgar Medina, pela corajosa interpretação do universo pessoal de um dos maiores escritores portugueses. O filme foi ainda premiado com prémio Melhor Som (Tiago Matos e Ricardo Leal), pela complexidade das texturas na recriação de um ambiente de guerra na África Portuguesa, a Melhor Montagem (Sandro Aguillar), pelo minucioso trabalho de coerência e construção narrativa e ainda o galardão para Melhor Fotografia para João Ribeiro pela poderosa criação de uma identidade visual de Portugal e das colónias durante a Guerra do Ultramar.
Já o filme ZEUS arrecadou 4 galardões nas categorias de Melhor Actor atribuído a Sinde Filipe pelo compromisso e seriedade na interpretação de uma importante personalidade da História de Portugal e Melhor Actor Secundário a Miguel Cunha pela complexa e inteligente composição com que desempenha um retrato fidedigno a uma época. O filme recebeu ainda os prémios para Melhor Caracterização, Sara Menitra, pela qualidade de reconstituição do estilo de uma época, e Melhor Guarda-Roupa para Sílvia Grabowski pelo rigor, a qualidade e a criatividade do guarda-roupa.
O Filme Refrigerantes e Canções de Amor arrecadou os prémios para Melhor Banda Sonora Original de Filipe Raposo, pela simbiose entre a música original e as canções que marcaram uma época e geração em Portugal e Melhor Direcção Artística de Artur Pinheiro pela construção de um divertido imaginário visual que dá cor à realidade.
A lista de galardões da Selecção Caminhos fica completa, com os prémios para Melhor Realizador, atribuído a Rita Azevedo Gomes por Correspondência, pela originalidade da abordagem ao universo da poesia portuguesa. O Melhor Argumento Original, para João Nicolau e Mariana Ricardo por John From, pelo potencial onírico e imaginário descoberto a partir do quotidiano. O Melhor Actriz, para Ana Padrão pelo seu desempenho no filme Campo de Víboras, pela composição intensa e brutal de uma mulher em situação limite. Melhor Actriz Secundária para Elizabete Piecho por O Pecado de Quem nos Ama, pelo retrato pungente, inesperado e transformador de uma mulher numa ruralidade opressiva. O Prémio Revelação atribuído a Leonor Teles por A Balada do Batráquio, pela coragem, aparente leveza e rebeldia com que aborda um dostemas mais preocupantes da actualidade. Melhor Animação para José Miguel Ribeiro por Estilhaços, memória das marcas profundas que são transmitidas geracionalmente.
O prémio Melhor Documentário para Rui Eduardo Abreu, Thierry Besseling e Loïc Tanson por Eldorado, uma viagem crua e despojada pela realidade da emigração e da saudade. Melhor Curta-Metragem foi para Cristele Alves Meira por Campo de Víboras, pela genialidade da abordagem ao universo rude dos inadaptados. Por fim, a Menção Honrosa Curta-Metragem, que foi atribuída a Menina de Simão Cayatte pela originalidade do ponto de vista e a surpreendente construção narrativa.
O Prémio do Público ‘Chama Amarela’ foi atribuído a ‘Refrigerantes e Canções de Amor’ de Luís Galvão Teles.
+ em: Premiados 22ª edição
+ em: caminhos — Premiados 22ª edição