O Centro de Estudos Cinematográficos/AAC (CEC/AAC) vem por este meio demarcar-se da III Gala António Luís Gomes. É inconcebível que a realização de um evento que pretende ser a consagração do trabalho desenvolvido pelas Secções Culturais da Associação Académica de Coimbra se concretize com base em ideias avulso, falta de informação, onde imperam as vontades e favores, ou pelo menos a tentativa de calar as vozes incómodas da Academia.
A falta de transparência reinante e caracterizadora da organização da Gala, mas igualmente a avaliação dos projectos, dos relatórios, onde esta se escusa a referir que propositadamente e conscientemente o CEC/AAC se demarcou de dita festa e da avaliação dos seus feitos, não pela qualidade que os mesmos acabam de evidenciar, mas por considerar que nos métodos de avaliação impera a parcialidade, como se verificou na actual e precedente edição da Gala.
Mais condena a utilização abusiva de vídeos/imagens alusivas às actividades do CEC/ACC incorporadas na Gala sem a necessária autorização desta Secção Cultural e estando a organização informada da nossa não participação e total demarcação do evento.
O CEC/AAC não se revê na consagração da mediocridade, de actividades sem calendarização lógica e sem orçamento definido, sendo que, quer deixar claro, que esta não é a forma de encarar a elaboração e a concretização de projectos culturais, paradoxalmente no tempo difícil que vivemos.
Consideramos que esta visão de Cultura de métodos de organização, não se enquadra na visão, mais ampla, cosmopolita que defendemos há largos anos. A Cultura produzida e promovida na AAC deve ter como aspiração atingir um patamar mais alto que as preferências, deleites e vontades dos seus organizadores.
Pelo exposto, esperamos que a organização do evento esclareça o contexto de uso dos eventos e actividades realizadas pelo CEC/AAC na Gala cuja organização estava informada da não participação e qual o enquadramento do uso das mesmas.
Atenciosamente
Tiago Santos